Poluição por ozônio só vai cair com menos carros

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Em sua tese de doutorado, o pesquisador Júlio Barboza Chiquetto, da USP (Universidade de São Paulo), fez várias simulações de cenários para ver o impacto de modificações na realidade sobre o comportamento da atmosfera.

Mesmo no cenário fictício em que toda a mancha urbana se transformava em floresta com o mesmo número de carros, o impacto para esse poluente não foi tão forte quanto nos cenários em que se manteve a mancha urbana com a diminuição da frota de veículos. “Para reduzir poluição, só tem uma maneira: tem que reduzir as emissões. No caso do ozônio, reduzir emissões veiculares”, diz Paulo Artaxo, pesquisador e membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

O ozônio é um dos principais poluentes presentes nas grandes cidades. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a medição dele juntamente com o material particulado 2,5 (mp2,5). Atualmente, em São Paulo, há 98 municípios com níveis crônicos de ozônio acima do considerado ideal pela OMS. Em 2013, a lista oficial indicava problemas de poluição em 90 localidades.

Apenas fiscalizar os carros para emitirem menos poluentes também não seria suficiente, comenta Chiquetto, pois o aumento da frota acabou compensando negativamente os esforços nesses sentido nos últimos anos. No relatório de emissões veiculares divulgado pela Cetesb, o órgão comenta sobre o ano de 2015: “Ainda que os fatores de emissão dos veículos novos estejam decrescendo, o aumento da frota e o intenso uso dos automóveis comprometem os ganhos obtidos com os avanços tecnológicos”. A melhoria da qualidade dos combustíveis também poderia contribuir para a redução da poluição, avalia Correa.

 

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Fonte: FRESP

 

Imagem: Bigstock by inacioluc

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